Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

música

Troye Sivan sobre ser um popstar homem: “é muita pressão para ser macho e isso é um tédio”

Até cinco anos atrás, a internet conhecia Troye Sivan como um youtuber divertido teen australiano, amigo de Tyler Oakley e muitos outros influenciadores digitais. De lá pra cá, muita coisa mudou. Prestes a lançar seu segundo disco, o garoto conquistou uma legião de fãs, virou aposta do pop, foi chamado de novo talento no início da carreira e hoje, já com três faixas elogiadíssimas de seu próximo trabalho, vem sendo celebrado como uma das melhores novidades do pop atual.

Em conversa por telefone com o Papelpop, Troye conta por que está mais feliz, mais confiante e ainda comenta sobre ídolos pop homens que admira e por que isso é algo tão raro num gênero dominado por meninas como Katy Perry, Rihanna, Gaga, Taylor e muitas outras. “A maior pressão em cima de um cantor pop é que ele precisa ser meio conservador e não se permitir ser mais extravagante. Eu não vou neste caminho e gosto de me divertir e fazer o que eu quero. Mas sim… é muito por causa dessa pressão para ser macho e eu acho isso um tédio”, disse ao PP.

Com três singles já lançados de seu próximo trabalho, que se chamará “Bloom”, conversamos muito sobre música e outras besteirinhas legais.

Papelpop: Preciso começar te parabenizando, porque “My, My, My” e “Bloom” são excelentes! Mas, em primeiro lugar, quando os brasileiros vão poder ouvir ao vivo essas duas ótimas músicas?

Troye Sivan: Nossa, obrigado! Isso é muito querido de sua parte. E minha nossa. Eu quero tanto ir. Eu vou te passar para o meu empresário, eu falo isso para ele toda hora. Quero ir aí há tanto tempo que eu não consigo acreditar que ainda não consegui. Espero conseguir em breve.

A gente tem muito em comum com os australianos! Temos lindas praias e somos meio loucos, por exemplo. O que você mais conhece daqui?

A primeira coisa que me vem à mente é a música boa e uma cultura muito rica. Todo mundo que vai aí ama, por isso eu mal espero para ver isso também.

Você falou de música brasileira, você lembra o que já ouviu?

Capoeira é do Brasil, certo? Eu costumava jogar quando eu era criança e tem as músicas tocando. Então eu sempre ouvi e eu amava.

É verdade que loiros se divertem mais? Desde que você ficou loiro, você parece mais feliz, sua música parece mais agitada. Dá para fazer essa associação? Como isso aconteceu?

Com certeza. Acho que todo esse tempo durante meu primeiro álbum e meu segundo eu passei refletindo sobre mim e sinto que agora sou uma versão mais confiante de mim mesmo. Eu me sinto bem mais relaxado. Isso reflete na minha música de agora e no meu visual também.

E quando você acha que rolou esse despertar?

Foi algo bem inconsciente, acho. Eu saía muito em festas e em vez de ficar no cantinho, bem na minha, eu ia lá e dançava, conhecia pessoas incríveis e ouvia músicas incríveis. Fui me sentindo mais confortável na América, demorou um pouco para eu me acostumar, mas foi acontecendo.

Como está o próximo álbum? Vamos ter ainda mais surpresas?

Eu com certeza acho que vocês vão se surpreender ainda mais. Estou fazendo com que as músicas sejam contagiantes e com uma cara nova. Então sim, acho que as pessoas vão ficar bem surpresas com várias faixas do álbum.

Há artistas que você está ouvindo como inspiração para as novas músicas?

Sim! Eu criei meio que uma playlist com várias músicas que estão me inspirando. Tem desde Velvet Underground a Sky Ferreira e Carly Ray Jepsen. São alguns que estão me servindo como guias para todo o processo de criação.

Eu preciso perguntar sobre a música com a Ariana Grande, “Dance to This”, porque com este nome todo mundo achou que viria uma música mega dançante. Mas não! Ela é bem lenta. Como foi que vocês decidiram isso?

Eu escrevi essa música meio que sexy e sensual sobre não sair, só ficar em casa e curtir a vida com a pessoa que você ama. Mas eu sabia que precisava de uma voz feminina na música e sempre tive em mente que tinha que ser a Ariana. Então mandei a música a ela e ela amou. Então fizemos acontecer.

Você teve uma personalidade LGBTQ que te inspirou muito ou ainda te inspira?

Com certeza o Elton John, Freddie Mercury… são muitos. E também tenho pessoas de hoje que me inspiram, como o Kevin Abstract e o Perfume Genius.

Hoje em dia a gente tem muita diva pop, né? Tipo Katy Perry, Lady Gaga, Rihanna, Beyoncé… Mas é muito difícil um cantor pop homem atingir esse patamar. Por que você acha que isso acontece?

Eu não sei muito, mas acho que a maior pressão em cima de um cantor pop é que ele precisa ser meio conservador e não se deixar ser mais extravagante. Eu não vou neste caminho e gosto de me divertir e fazer o que eu quero. Mas sim… é muito por causa dessa pressão para ser macho e eu acho isso um tédio.

Então você está no caminho certo, porque “Bloom” é um clipe com muita cara de diva pop.

Exato! E eu me diverti horrores.

Agora umas perguntas bem rapidinhas, qual sua comida favorita?

Eu amo uma boa massa.

Nossa, eu amo também. E sua bebida favorita?

Adoro beber água com gás. (Risos)

Você está vendo alguma série?

Não estou vendo séries, mas vejo documentários. Tipo, muitos documentários!

Sério? A gente aqui assistiu esses dias o documentário do George Michael. Você viu?

Meu deus, não! Ainda não vi. É bom?

Sim! Sério, veja. É ótimo.

Mesmo? Ótimo, então colocarei na lista.

Compor músicas ou cantá-las ao vivo?

Nossa, essa é difícil. Mas preciso dizer compor músicas.

Melhor presente que você ganhou de um fã:

Hmmmm… Qual o melhor presente que recebi? Honestamente, eu recebo muitos álbuns de fotos. São coleções de fotos com as vezes que a pessoa me conheceu ou então fotos de vários fãs que se encontraram e fizeram algo legal. Isso é algo muito especial para mim, eu guardo todos.

Uma qualidade que um cara precisa para ser seu crush:

Eu diria bom humor. Ele precisa ser engraçado.

Para finalizar, sua música favorita da Madonna e da Miley Cyrus que eu sei que você é muito fã:

Minha música favorita da Madonna é, com certeza, “Like a Prayer”. Da Miley, eu diria “Adore You”.

Troye, nosso tempo acabou. Mas adorei a conversa e espero que você consiga vir logo!

Obrigado, Felipe! Foi ótimo falar com você! Até!

voltando pra home